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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Pênis e autocontrole: pela racionalidade

No post sobre como esconder o pênis achei interessante observar que várias meninas mantém o tucking direto e tenho pensado que essa prática poderia ajudar no autocontrole de muitos homens no dia a dia. Sei que pode parecer algo contrário ao que se busca na masculinidade, mas ter um controle maior sobre o próprio pênis poderia evitar situações como a da moça que foi constrangida dentro do ônibus com uma gozada no pescoço.
Esse foi apenas um caso de abuso sexual e o nosso país é recordista nesse quesito. Por pior que pareça esse exemplo é apenas a ponta do iceberg no âmbito dos estupros, não precisa procurar muito na internet para encontra casos de horrorizar que envolvam crueldade com meninas, meninos, mulheres e, até mesmo, homens.

Eu sempre me perguntei: o que leva uma pessoa, principalmente os homens, a atacar outra pessoa para se satisfazer sexualmente?

Hoje em dia eu acho que a resposta para isso está na boca das pessoas que culpam a vítima pelo ocorrido. Explico, esse tipo de justificativa é o mesmo que assumir que homens não tem controle sobre o seu próprio pênis e se deixam levar por estímulos sexuais, comportamento similar ao de um animal macho qualquer.

O problema que eu vejo é: o que causa o estimulo sexual individualmente?

Um beijo na nuca, uma palavra no pé do ouvido, um olhar penetrante, um peito de fora, uma bunda de fora, a renda aparente da calcinha... até aí nada demais, vamos para um outro nível: emetofilia (excitação com o ato de vomitar ou com o vomito de outro), coprofilia (excitação com o contato com fezes), maieusofilia (excitação com mulheres grávidas e/ou visualização de partos), autonepiofilia (excitação em ser tratado como criança ou bebê) ou confira mais exemplos aqui.

Não estou aqui pra julgar o comportamento de ninguém, tanto que no post que falei sobre o fetiche de crossdressing até me usei de exemplo. No entanto, existem algumas filias que envolvem terceiros de maneira nada saudável como: pedofilia (excitação por crianças), cinofilia (excitação por cachorros), necrofilia (excitação com mortos) ou sadismo (nos casos extremos envolve estupro, tortura e até assassinato).

Considerando esses poucos exemplos podemos concluir que não há comportamento padrão, assim situações comuns do cotidiano para uns podem ser um estimo sexual para outros. Como eu não gosto de pensar que somos animais que reagem a estímulos e sim seres humanos racionais, consideraria importante que os homens tivessem um maior controle sobre o próprio pênis.

E como funcionaria esse autocontrole?
Falando por experiência própria, o tucking ou o uso da gaiola peniana são ótimas ferramentas. Se eu não tivesse esse autocontrole provavelmente a Samantha não teria a vida social que tem hoje, falo isso pois teve momentos da minha vida que não existia crossdressing sem o apelo sexual em conjunto e conheci outras meninas que tiveram o mesmo problema, mas conseguimos nos controlar para poder levar em diante essa vida feminina de maneira saudável.

Tanto no tucking quanto com a gaiola (que pode ser comprada em sites como o MercadoLivre) o objetivo é impedir uma ereção espontânea na hora errada. Não estou falando que devemos banir a ereção e viver como eunucos, mas tem hora para isso. Exemplo: faz dois meses que estou fazendo aula de pole dance como homem no meio de um grupo exclusivo de mulheres e sempre vou para a aula de tucking. Por um lado é bom pela proteção (bater as bolas na barra não deve ser nada agradável) e por outro me ajuda a conviver com as meninas sem nenhum tipo de constrangimento pois vale lembrar que a arte da dança é naturalmente sensual.
Outro exemplo, se você sente que a masturbação está te atrapalhando no dia a dia vale a pena considerar esse tipo de controle. Se eu tivesse esse pensamento na época em que cursava engenharia teria algo a menos para me preocupar durante as semanas de prova.

Voltando a história do rapaz que ejaculou na mulher dentro do transporte público, ele já havia sido detido 17 vezes por crime sexual e se dizia doente mental. Se ele estivesse com uma gaiola peniana é muito provável que não acabasse preso dias depois por repetir tal ato grosseiro em público. Se fosse em países como Indonésia, Rússia, Polônia e alguns estados dos EUA ele poderia ser sentenciado à castração química, uma medida punitiva bem coerente com o caso em questão.
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