Ariel, Samantha e Izabelly |
No entanto, na minha última viagem à São Paulo eu tive uma experiência um pouco diferente. Ao invés de ir em uma balada LGBT eu fui, acompanhada das amigas Izabelly Saints e Ariel Villela, em uma balada hétero chamada LimeLight. O espaço é incrível, conta com a iluminação mais sensacional que eu pude presenciar e a qualidade de som fantástica, porém é dedicado a um publico que já passou dos 40 anos e, no geral, é heterossexual. Eu também sou hétero, mas estava um pouco deslocada, né? Vou descrever nesse post como foi a experiência!
Meu look de balada |
Chegamos cedo no local para pegar a nossa mesa e logo nos encontramos com 3 mulheres cis que nos acompanharam nessa aventura. Elas são conhecidas da Iza e já estão acostumadas a ver crossdressers em cima do salto na balada! Acho que a experiência foi muito mais proveitosa ao lado delas pois, além da simpatia e beleza, estávamos acompanhadas de "pessoas normais" (ok, ninguém é normal, só que elas estavam mais inseridas no público alvo da balada) e eram ótimas parceiras de pista de dança!!
Parceiras de pista de dança! |
Quanto às encaradas também já estou acostumada. Perdi a conta de quantos homens me encararam dos pés à cabeça com cara de bosta, não sei o que fiz para gerar desconforto neles uma vez que saí para curtir a minha noite e não fiz questão de encarar ou dar mole para ninguém. Claro que não foi unânime, teve homem que respeitou, que pediu para tirar foto comigo e até vieram baixar em mim (hahaha, queria me esconder). As mulheres, por outro lado, até olhavam com surpresa, só que transpareciam muito mais curiosidade do que desconforto.
Gente bonita, simpática e curiosa ♥ |
Primeiro por que elas esperavam que a gente também fosse homossexuais por estar montadas, acho que fundiu um pouco a cabeça delas quando falei que eu fui casada com uma mulher e que tive atração sexual/afetiva apenas por mulheres. Aí o negócio ficou mais complicado quando falei que 90% do tempo eu estou de menino, sou engenheiro e que as pessoas nem esperam isso de mim, então tive que mostrar uma foto do celular para provar... mais surpresa/admiração!!
No fim foi muito divertido!! Vou continuar preferindo ir em baladas LGBT mas foi muito bom dividir a pista basicamente com mulheres e ainda poder conversar com gente de cabeça aberta. Não acho que seja o melhor lugar para paqueras, embora eu acho que dependendo da conversa até seria possível sair com um contato para outra oportunidade =D