quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Apenas um homem aceitando a beleza da ambiguidade de gênero


Traduzido de Kathi Rei

Você já se pegou pensando nas reviravoltas da sua própria feminilidade?

Eu certamente já. É uma jornada cheia de incerteza, curiosidade e vislumbres ocasionais de autodescoberta. Ao contrário daqueles que têm um caminho claramente definido para a transição, a minha exploração é mais fluida e menos limitada por expectativas rígidas.

Sou apenas um homem explorando o vasto reino da feminilidade, tentando decifrar onde esse caminho pode me levar. Uma coisa é certa: não é uma jornada rumo à transição para uma mulher. Esse destino pode ser claro para alguns, mas para mim trata-se de abraçar a fluidez da expressão de gênero sem me conformar com as normas sociais.

Nesta exploração, percebi que minha jornada também não me levará de volta a uma mentalidade reprimida e estereotipadamente masculina. Trata-se de me libertar das restrições dos papéis de gênero predefinidos (a verdadeira ideologia de gênero) e aceitar o espectro de possibilidades que existe entre os extremos do binário.

Meu caminho pode não ter a definição de uma transição mapeada, mas ainda é um caminho que vale a pena explorar. É uma jornada de auto aceitação, autenticidade e quebra de barreiras que nos limitam a estreitas expectativas de gênero. A medida que me aventuro nos territórios desconhecidos da minha própria feminilidade, estou aprendendo a apreciar a beleza de aceitar o indefinido.

Existe uma certa liberdade em não se conformar com as expectativas da sociedade, uma libertação em se permitir explorar as nuances da expressão de gênero sem a pressão de resultados predefinidos e esperados. Trata-se de encontrar conforto na ambiguidade do caminho, celebrar a singularidade da jornada e abraçar a natureza em constante mudança da autodescoberta.

A todas aquelas que, como eu, estão percorrendo um caminho menos comprometido com a feminilidade, lembrem-se que a jornada em si já é um destino. Cada passo em frente, por mais incerto que seja, é uma vitória. É uma declaração de autenticidade e uma celebração da diversidade que existe dentro de cada um de nós.

Sou apenas um homem abraçando a beleza da ambiguidade de gênero, encontrando minha direção em um caminho feminino que é exclusivamente meu. E talvez, nesta jornada, descubra que o destino não é tão importante quanto as lições aprendidas ao longo do caminho.

2 Comentário(s)
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2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bonito esse texto! Acho que estou no mesmo caminho.

Amigo disse...

Hoje em dia, percebo um check list, a seguir, de acordo com gênero X sexualidade, ao ponto de chegarmos a ter homens que fazem sexo com homens e entre gays, como modalidades diferentes de relacionamento! Em 1993, na Faculdade, fiz swing com colega noivo de uma colega e a noiva dele com meu namorado (colega, também)! Enquanto nossos parceiros transaram, fui demoradamente lambido no anus, tendo as pernas bem acariciadas nas coxas, em especial! Tínhamos muito a fazer na nossa transa, naquele dia! Até cheguei ao Orgasmo no ânus! Ele até comentou que pensou que iria me irritar, por ter demorado apenas numa preliminar! Até disse a ele que deixava meu namorado me conduzir e pelo tempo que quiser, mesmo que sentisse ficando feminilizado no conjugal!Demonstrou depois querer repetir a experiência e perguntou se aceitaria um swing mesmo unilateral. Respondi que eles se usarem a liberdade de não repetir: decisão deles! Eu e ele tivemos romance!