Traduzido de Becky Schultz-Homko
“Gosto de usar roupas femininas e sinto necessidade de
usá-las”, foi assim que me tornei esposa de crossdresser após 10 anos de
casamento. Ele finalmente me disse que era um crossdresser, isso também foi uma
revelação para ele.
Esta foi uma fonte constante de brigas e infelicidade no
nosso casamento. Por várias vezes eu encontrei roupas femininas e pensava queele estava tendo um caso. Ele então me disse que gostava da sensação dos itens
femininos e que isso o lembrava de mim quando eu não estava por perto. Então a
gente seguia em frente ou ele decidia que iria “parar” de fazer aquilo. Até que
um dia ele disse que precisava e gostava de usar a roupa para se manter são.
Quando me casei, assumi um compromisso para o melhor ou para
o pior, para doença e para a pobreza, etc. Muitas pessoas podem não levar isso
a sério, mas eu sempre levei. Manter a minha família unida era importante para
mim. Eu vinha de uma família de pais divorciados e não queria o mesmo para mim
e para os nossos filhos.
O problema começou a acontecer quando isso passou a ser o
centro do nosso universo. Foi quando tivemos uma de nossas maiores brigas. Era
Dia de Ação de Graças e eu tinha encontrado mais roupas. Não me lembro da
situação exata, mas lembro de gritar e gritar. Lembro de me sentir magoada,
traída e, pior ainda, desrespeitada.
No entanto, antes que alguém queira me bater. Eu sou uma
pessoa de mente aberta e não tenho qualificação para questionar qualquer outra
pessoa a fazer essas coisas, pois não tem relação direta comigo. Mas o caso do
meu marido estava diretamente relacionado a mim e à minha vida íntima. Eu não
me sinto atraída por mulheres, então o pensamento foi difícil de considerar.
Então este foi um grande anúncio para mim. Naquela época, pensei em me divorciar, mas decidi não fazê-lo. Eu disse a mim mesma que eu poderia lidar com isso, sei que é algo apenas de meio período, não de período integral. Eu pensei que eu não tinha que participar e que ninguém iria descobrir.