No artigo de hoje a Suzanna Alastair, uma mulher transgênero, elencou os principais perfis de homens que ela pôde conhecer enquanto paquerava online ao longo de 2 anos. Apesar de não ser do meu interesse, tive a oportunidade de conhecer diversos desses perfis de homens na internet e achei bem coerente as observações dela. Aliás, eu já escrevi o post T-Lovers, será amor ou ódio? comentando um pouco dessa minha experiência pessoal conhecendo homens online.
Traduzido de Suzanna Alastair
Estou casada há 17 anos com uma mulher maravilhosa, durante
os quais fomos estritamente monogâmicos por 14 anos. No início de 2019,
minha esposa e eu estávamos casualmente discutindo sobre poliamor quando minha esposa
me surpreendeu dizendo que ela achava que ficaria bem comigo, às vezes,
namorando outras pessoas. Nisso, ela quis dizer que ficaria bem comigo
namorando homens. Seu raciocínio era que um homem poderia me dar algo que ela
não poderia.
Deixando de lado a falsa noção de que uma mulher deve ter um
homem para ser feliz, ela tinha razão. Um homem poderia me dar algo além do que
apenas um pau duro.
Para mim, como uma mulher transgênero, ter um homem
heterossexual me vendo e me aceitando como uma mulher completa e me namorando
como se fosse qualquer outra mulher cis seria o meu Santo Graal. O problema é que os
homens heterossexuais muitas vezes me veem como: um homem, um fetiche, uma
experiência a ser vivida, uma maneira de realizar seus desejos homossexuais de
forma segura ou qualquer combinação disso.
Ter um homem que me aceite e me ame como a mulher que eu sou,
sem quaisquer reservas ou obstáculos, e que me ame como faria com qualquer outra
mulher, é algo que minha esposa não pode me dar.
Aqui está o dilema. Encontrar tal homem não é tão simples quanto ter esperança ou fantasia. Eu não sou uma mulher típica. Além disso, sou transgênero, mas não sou submissa. Eu sou uma mulher forte. Nas práticas fetichistas sou uma dominadora, isso significa que quem está no controle sou eu. Os homens normalmente não gostam quando uma mulher tira o controle deles. Bom, homens submissos sim. Mas, eu não quero um homem submisso. Eu quero um homem que sabe que é um homem, mas que também seja um cavalheiro.
Portanto eu passei dois anos paquerando online usando sites como
Badoo, okcupid e um site finlandês chamado Alastonsuomi, e a maioria dos homens
que me abordaram se enquadram nesses cinco perfis:
1. Opa! Eu cometi um erro!
Esse tipo de homem raramente lê o meu perfil que diz claramente logo na primeira frase que eu sou uma mulher transgênero. Eles me veem como uma mulher (que eu sou), mas presumem que sou uma mulher cis.
Então eles começam a dança do acasalamento comigo fingindo serem todos doces e tal.
Um exemplo disso foi um homem que me escreveu no okcupid. Ele era um homem branco e careca do Texas, cujo perfil afirmava que ele era um cristão devoto e apoiador do Trump. Ele não é alguém que eu esperaria que tivesse interesse em uma mulher transgênero. Ele se aproximou de mim com educação e começou a fazer perguntas sobre coisas que eu já havia abordado no meu perfil. Sabendo que ele não tinha lido o que eu escrevi, perguntei se ele leu no meu perfil que eu sou uma mulher transgênero. Ele admitiu que não leu e pareceu meio confuso por ter se sentido atraído por uma mulher trans. A vergonha e o constrangimento fluíram de seu pedido de desculpas. Eu quase podia imaginá-lo com o rosto vermelho enquanto escrevia o pedido de desculpas.