Apesar de eu ser um ateu/agnóstico convicto, acho interessante conhecer um pouco do que cada religião tem para nos ensinar, independente da origem dela. E, com esse olhar externo, sempre achei estranho o moralismo defendido pela Igreja Católica quando comparado com os ensinamentos de Jesus de Nazaré, supostamente a essência da fé cristã. O texto a seguir é de um rapaz cristão e homossexual que sentiu isso na pele e, apesar de tudo, nunca perdeu a fé.
Traduzido de Andrew Springer
O amor radical e a inclusividade que Jesus Cristo pregou é o mesmo amor que reuni a comunidade LGBT.
Quando eu estava crescendo na Virgínia Ocidental (EUA), quase todos os “cristãos” em minha vida me disseram que ser gay era pecado. Então eles me disseram que ser gay não era pecado, que agir como gay era pecado. Seja gay, mas não seja gay. Namore garotas, case-se com uma mulher ou passe a eternidade no Inferno.
E quando tudo isso não se concretizou, meu melhor amigo, que era como um irmão para mim, me excluiu completamente da vida dele. Ele comparou ser meu amigo, alguém que “viveu voluntariamente o pecado”, a levar um alcoólatra a um bar. Ele já não fala comigo há onze anos.
Eu não posso te dizer o quanto isso me doeu, ou quanta distância colocou entre mim e Deus. Eu parei de ir à igreja. Eu parei de orar. Minha fé se ausentou. Mas, desde então, está lentamente retornando. Porque eu sei agora que ser cristão e ser LGBT são essencialmente a mesma coisa, não importa o que os fundamentalistas digam.
Aceitei há um tempo que, no fim das contas, os fundamentalistas vão me odiar de qualquer maneira. Eu sei que eles rejeitam a mensagem central de Jesus Cristo. É uma mensagem tão simples que pode ser resumida em uma única palavra: Amor.