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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Fetiche de feminização forçada, um breve resumo

Traduzido de Claudia Tyler Mae

fetiche de feminização forçada é um assunto que desperta curiosidade em muitas pessoas, no entanto é confuso para quem não conhece direito e problemático nas suas associações. Aqui está um rápido “O que é?”, “Por quê?” e "E então…?".


O que é?

Grosso modo, seria quando um homem é relutantemente obrigado a se vestir, se apresentar e agir “como uma mulher”. É aí que o senso comum termina. Tal como as comunidades trans e fetichistas de onde provém, o propósito da transformação e o resultado variam enormemente entre os praticantes.

E justamente esta enorme variação é a raiz de muita confusão.

Lembre-se de que o que outra pessoa associa a uma determinada aparência, palavra ou ato não é necessariamente o que você associa a essas mesmas coisas. Uma calcinha pode fazer alguém se sentir confortável, pode deixar alguém excitado ou pode fazer a pessoa se sentir completamente desamparada.

Infelizmente, a maioria dos observadores externos desconhece a enorme variação de identidades não conformes de gênero que existe. Ao contrário da grande mídia, não somos apenas drag queens ou supermodelos transgênero. Se você conhecer alguém que explora o gênero, saiba que pode ser uma expressão transgênero ou de disforia, um fetiche por peças de roupa específicas, uma forma de explorar a sexualidade, uma performance ou uma série de outras associações. Cada uma dessas forças motrizes leva a diferentes abordagens sobre a feminização.

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Confissões de um crossdresser fetichista

Traduzido de Claudia Tyler-Mae

A adorável Sarah Lewis tem um post aqui onde ela responde a alguns questionamentos sobre as suas taras sexuais. Gostei tanto que pensei em responder às mesmas perguntas.

Compare e contraste se quiser. Caso contrário, apenas me julgue. E veja se me importo.


10. Você quer ser mulher?

Não. Eu seria péssima nisso. Sou sem graça, insensível, tenho poucas habilidades sociais e um senso de vestimenta de um pato.

Ou não. Meu gênero não é um problema para mim. No dia a dia não me preocupa como as pessoas me percebem. Se eu fosse uma mulher, ainda andaria de jeans e camiseta, me esqueceria de marcar hora no cabeleireiro e trataria as outras pessoas exatamente como trato agora.

Ou… Sim, quero ser graciosa, socialmente habilidosa, cuidar da minha aparência, poder expressar minha sexualidade e ter total liberdade na maneira de me vestir.

Certa vez, li uma longa ficção sobre uma Dominadora que captura um homem e lentamente o transforma em mulher. No final, ele(a) passou pela cirurgia de mudança de sexo e viveu como mulher. Isso me fez chorar. Não porque era o final feliz que eu queria para mim, mas porque eu sei que não posso ter esse final feliz.

Não sou tão motivada por minha identidade a ponto de querer me tornar uma mulher com sucesso – nem me encaixo na definição de transexual. Em vez disso, sento-me em algum lugar dentro do espectro, levemente disfórica às vezes, simpatizante da ideia e desesperada pelo papel de gênero, mas, no final das contas, ainda me sinto masculino e sem uma "resposta fácil", sem um final feliz como uma linda princesa.

Realmente não é uma princesa

É frustrante e triste, mas não há nada que realmente mude essa situação, a menos que alguém invente uma varinha mágica que realmente funcione. Meu lado masculino normalmente vence a batalha e, no geral, está tudo bem.

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Como atingir o lendário orgasmo anal por estímulo da próstata

Primeiro eu gostaria de dizer que faz tempo que eu queria escrever esse artigo, até encontrei aqui nos meus arquivos umas pesquisas salvas sobre esse tema de uns anos atrás. Nesse meio tempo eu cheguei a escrever sobre o sexo anal e a inversão de papéis, que tem relação direta com o tema desse artigo e vale a pena você ler antes de continuar, mas eu fiz questão de passar pessoalmente pela experiência para então poder descrever aqui para vocês.

Antes de continuar, acho importante destacar algumas questões:

  • As dicas que vou passar aqui vão ajudar você a conhecer o seu próprio corpo e a explorar possibilidades de prazer que normalmente são ignoradas por questões supostamente morais;
  • Estimular a região anal ou a próstata por si só não tem absolutamente nenhuma relação com orientação sexual, principalmente se você estiver buscando isso por conta própria;
  • Cada pessoa terá uma experiência única. Pode ser que você se encante na primeira tentativa, pode ser que você prefira o estímulo anal apenas como complemento do estímulo peniano, pode ser que demore anos para você acertar o seu ponto (como aconteceu comigo), assim como pode ser que você nunca atinja o orgasmo anal mesmo depois de tentar inúmeras vezes;
  • Vou focar um pouco mais no orgasmo anal pela estimulação da próstata pois sou um homem biológico e é isso que eu tenho para explorar, mas, pelo que eu pesquisei, as técnicas são bem similares para a anatomia feminina.

Bom, então vamos começar pela questão biológica do negócio.

Quando um dedo ou um brinquedo erótico é inserido no ânus de uma pessoa, algumas diferentes partes do corpo acabam sendo estimuladas. A começar pelo próprio ânus.

Nosso furico é, na verdade, o orifício no final do intestino grosso regulado pelo esfincter, que tem como suporte a musculatura do períneo e que recebe inervação pelo nervo pudendo, que é o responsável pela transmissão da sensação de órgãos genitais externos de ambos os sexos. Isso faz com que o local tenha uma sensibilidade que, para algumas pessoas, forneça sensações incríveis quando estimuladas.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Desmistificando o sexo anal e a inversão de papéis

Aproveitando o gancho do último capítulo da HQ - Boneca da Raan, gostaria de escrever um pouco sobre a prática do sexo anal. Quando se procura sobre o assunto na internet o que mais aparece é a respeito da fixação de homens em realizá-lo com as suas parceiras além de dicas para praticar, no entanto quero abordar também o outro lado da moeda, quando a mulher é ativa e o passivo é o homem.

Na história em quadrinhos já faz algum tempo que a Raan se admirou com a possibilidade de usar uma cinta peniana (cinta caralha ou strap-on), que é uma cinta com um pênis de brinquedo acoplado que possibilita a mulher de ser ativa (a prática é conhecida como pegging ou inversão de papéis), mas quando surgiu a oportunidade de comprá-la o sentimento de vergonha e de culpa atrapalhou o casal e eles acabaram recuando sobre a ideia. Afinal, qual é o problema?

Por que a prática ainda é um tabu?
Alguns estudiosos afirmam que há cinco mil anos a prática do sexo anal era natural na Mesopotâmia, inclusive fazia parte dos cultos religiosos dos Assírios. Registros mostram, também, que na Antiguidade, alguns casais usavam o sexo anal como método anticoncepcional. Na Roma antiga, na noite de núpcias, os homens se abstinham de tirar a virgindade da noiva em consideração à sua timidez, entretanto, praticavam sexo anal com ela. Na Grécia Antiga não existia os termos "homossexual" e "heterossexual", na verdade não haviam identidades sexuais como há hoje, naquela época um homem poderia ter relações sexuais com homens e mulheres, tudo dependia da beleza.

Por esse prisma é possível afirmar que o moralismo em cima do ato é um fenômeno recente e tem uma passagem da bíblia que ajudou a gerar bastante confusão. O 1 Coríntios 6:10 diz "Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus". A palavra "sodomia" ainda costuma ser relacionada com sexo anal, no entanto as interpretações mais modernas vêem como atos pecaminosos praticados pelos moradores da cidade de Sodoma presenciados pelos anjos quando foram convidados à casa de Ló, que inclui até um estupro coletivo entre homens, e que levaram a cidade às ruínas.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Fetiches (05) - Feminização

Faz tempo que não faço um post desses a respeito de fetiches então hoje eu trouxe um tema que pode ser um pouco polêmico mas que também pode abrir a cabeça de muita gente, trata-se do fetiche de Feminização (do inglês: feminization ou sissification).

Feminização
De maneira geral, entendi que o objeto de fetiche seria se ver como fêmea em posição de total submissão. Apesar dessa associação da imagem feminina como submissa, muitos praticantes fazem questão de serem feminizados apenas por fortes mulheres dominadoras.

O básico desse fetiche é ser submisso à alguém e se comportar/vestir como fêmea, as variações a partir disso são inúmeras e dependem da vontade do dominado e da criatividade de quem está dominando. Alguns submissos gostam de serem ordenados a fazerem as tarefas vestindo roupas de empregada, outros entregam o corpo ao dominador e agem como se fossem cadelas no cio, enquanto outros aproveitam o momento para poderem ser mais emocionais e delicados, o contrário do que uma sociedade machista espera de um homem.

Dentro do contexto de BDSM, uma sissy é um homem submisso que tem prazer sexual com a humilhação e alcança um nível maior dessa sensação com a troca de gênero. Inclusive esse termo é uma derivação de sister (irmã) e também é usado pejorativamente para implicar com garotos com hábitos ou tendências femininas, seria mais ou menos como chamar um rapaz de maricas ou mocinha aqui no Brasil.

O que diferencia a feminização do fetiche de crossdressing é que o objeto de fetiche no crossdressing é apenas a roupa enquanto na feminização o principal é o comportamento. Sendo assim, pode até acontecer de um dominador homem ter o fetiche por crossdressing e feminizar outra pessoa enquanto usa peças femininas, isso seria uma suruba de fetiches, não acham?

Como de costume, segue alguns depoimentos: